Cauã Reymond e elenco falam sobre a história e os bastidores de Reza a Lenda

Apelidado de “Mad Max brasileiro”, o filme Reza a Lenda entra em cartaz hoje (21/01), prometendo dar um novo rumo para o cinema nacional e atrair o público habituado a assistir os lançamentos de Hollywood. Para apresentar o projeto, Cauã Reymond (O Caçador), Sophie Charlotte (O Rebu), Humberto Martins (Mulheres de Areia), Luisa Arraes (Babilônia), Sílvia Buarque (Gonzaga: De Pai pra Filho) e Júlio Andrade (Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho) concederam uma entrevista em São Paulo.

Com história traçada há 20 anos, pelo diretor Homero Olivetto (Maria Rita), Reza a Lenda visita um sertão fictício, onde Ara (Reymond) e sua gangue de motoqueiros precisa roubar a estátua de uma santa para que a chuva volte para o local, o que provoca a ira de Tenório (Martins), uma espécie de autoridade regional. “O lado pop do filme está linguagem”, disse o cineasta, apontando as questões próximas da realidade abordadas na obra.

Sobre seu personagem, Cauã Reymond descreve Ara como “alguém preparado pra tudo”. Aliás, o ator e produtor de Reza a Lenda também não negou esforços nas filmagens, uma vez tirou habilitação de motos para participar do longa. “Não ajudou muito, levei um tombaço”, revelou, aos risos, apesar de adorar os veículos de duas rodas. E o resultado? “Eu estava me sentindo o máximo”, exclamou, sobre as cenas nas quais Cauã dirigia em paisagens eólicas.

Reza a Lenda Cauã Reymond
Cauã Reymond é Ara, o herói do surpreendente Reza a Lenda. (Foto: Divulgação)

A empolgação com Reza a Lenda contagiou outros membros do elenco, que elogiaram o nível da produção brasileira. “Adorei a caracterização”, afirmou Sophie Charlotte, que comemorou a “grande oportunidade de interpretar Severina”, a parceira de Ara. Já Sílvia Buarque, intérprete de Tereza, mencionou outro elemento. “Destaco os sotaques”, lembrou.

Enquanto isso, para Júlio Andrade, o trabalho lhe rendeu uma experiência inusitada na construção de Galego Lord. “Tomei o chá de Jurema-preta, mas não posso falar muito sobre isso”, descontraiu o ator, classificando o vilão como “uma mistura de cobra com lagarto do sertão”.

Com um longo histórico na TV e nas telonas, Humberto Martins não enxerga o tom ficcional predominando no filme. “Não vejo isso tão longe, não”, declarou, comparando o cenário de Reza a Lenda ao “momento preocupante e decisivo da humanidade”. Deste modo, entendendo que os garotos nas motocicletas são protagonistas de uma jornada heroica, Humberto Martins garantiu: “Reza a Lenda tem uma pegada humanitária e política forte”.

Elenco de Reza a Lenda
Devido a boa impressão deixada por Reza a Lenda, o elenco deverá voltar em uma sequência. (Foto: Divulgação)

A chegada do longa aos cinemas nesta quinta-feira tem gerado expectativas sobre como o público receberá a aventura, assim como torcida pela continuação da saga. “Tomara que venha Reza a Lenda 2”, brincou Cauã Reymond.

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