“O Wolverine estará sempre comigo”, diz Hugh Jackman

Após participar da première de Logan no Festival de Berlim, Hugh Jackman desembarcou em São Paulo para conceder uma entrevista sobre o seu novo filme (e o último como Wolverine). Simpático e confiante com o resultado alcançado, o ator australiano não poupou elogios ao longa, ao diretor James Mangold (Wolverine: Imortal) e também para o elenco. “Eu sentia que havia uma história mais profunda do Wolverine para ser contada”, diz Jackman, sobre a superprodução que encerra a sua jornada interpretando o integrante mais casca grossa dos X-Men.

“Acho que esse é o filme mais autêntico ao personagem”, afirma Hugh Jackman, explicando que, além do teor violento dos quadrinhos, Logan consegue captar a essência de seu protagonista e ser fiel às suas histórias. “O filme mostra como suas escolhas têm consequências”, conta ele, uma vez que o passado de Wolverine como uma arma de destruição continua afetando o anti-herói no futuro. “Logan é sobre ter uma família, envelhecer, morrer… fala sobre a vida”, analisa o veterano que interpreta Wolverine há 17 anos.

"O Brasil tem apoiado muito o Wolverine e os X-Men. Eu queria muito vir aqui para dizer obrigado”, agradece Hugh Jackman. (Foto: Mauricio Santana)
“O Brasil tem apoiado muito o Wolverine e os X-Men. Eu queria muito vir aqui para dizer obrigado”, agradece Jackman. (Foto: Mauricio Santana)

Mais humano, o título se distancia do que se conhece como “filmes de super-heróis” e adentra o coração do Wolverine. “O maior medo de Logan não é um inimigo, é a intimidade”, fala Jackman, já que Logan precisa cuidar de uma família, composta pelo adoentado Professor Xavier (Patrick Stewart, de X-Men: O Filme) e a invocada garotinha Laura Kinney (Dafne Keen, de The Refugees). “E isso foi uma escolha brilhante de narrativa”, comenta Hugh Jackman, em exaltação ao trabalho de James Mangold na conclusão da trilogia de Wolverine nos cinemas.

Um road movie – com inspiração nas HQs de O Velho Logan –, Logan exigiu muito do elenco e produção. “Esse foi o filme mais difícil de gravar”, revelou, ressaltando que equipes inteiras viajavam pelas estradas em altas temperaturas. “Eu me senti cansado. Mental e fisicamente cansado”, brinca Jackman, sobre a sua condição semelhante à de Wolverine nesta sua terceira aventura solo. Sobre o encerramento das filmagens e de sua carreira como Logan, o ator declarou ser “doce e satisfatório”. Apesar disso, ele sentiu nervosismo antes da exibição em Berlim.

"Logan não queria ser um filme de histórias em quadrinhos, e sim um bom filme", diz Jackman. (Foto: Mauricio Santana)
“Logan não queria ser um filme de histórias em quadrinhos, e sim um bom filme”, declarou o ator Hugh Jackman. (Foto: Mauricio Santana)

Depois de nove filmes como Wolverine, Hugh Jackman relembrou da jornada dos X-Men nas telonas. “É como a vida. Agora eu faria muitas coisas diferente, mas, se não tivesse passado por tudo aquilo, não teria feito esse filme”, pondera. E, para quem já está sentindo a falta de Jackman na pele de Logan, ele assegura que não está deixando o universo dos mutantes da Marvel. “Não vou sentir saudades do Wolverine porque ele estará sempre comigo”.

Leia a crítica de Logan!

Next Post

Logan é o filme do Wolverine que será lembrado

A evolução dos filmes de super-heróis. Uma obra prima. A aventura do Wolverine que faltava. Logan (Logan, EUA, 2017) é tudo isso, e muito mais. Sob o comando de James Mangold (Wolverine: Imortal), o longa conclui a jornada do ator Hugh Jackman como Wolverine de maneira brilhante, profunda, visceral e comovente. Com […]