Reza a Lenda é muito mais do que o “Mad Max brasileiro”

Se você pensou que Reza a Lenda é apenas um derivado da franquia Mad Max, está completamente enganado(a). Apesar das muitas cenas de ação e do formato de road movie (“filme de estrada”, numa tradução do inglês), a produção apresenta uma forte pegada humanitária e política, bem alinhada à realidade brasileira. Estrelado por Cauã Reymond (Amores Roubados), o longa-metragem estreia hoje (21/01) explorando um gênero pouco comum no cinema nacional.

A história, escrita há 20 anos pelo diretor Homero Olivetto (Maria Rita), percorre um sertão fictício, no qual um grupo de motoqueiros tem a missão de roubar a estátua de uma santa (e colocá-la num altar) para que a chuva volte a cair. Liderada por Ara (Reymond), a gangue sobre duas rodas também conta com sua parceira, a Severina (Sophie Charlotte, de Sangue Bom), e o jovem e leal Pica-Pau (Jesuíta Barbosa, de Praia do Futuro).

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O casal Ara (Reymond) e Severina (Charlotte) tem a missão de levar a chuva ao sertão. (Foto: Divulgação)

Seguindo a orientação do místico Galego Lord (Júlio Andrade, de Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho), o bando confronta os homens de Tenório (Humberto Martins, de Quatro por Quatro), que têm a posse da imagem. Entrar na mira da autoridade da região é o conflito número 1. No entanto, para Ara, a chegada de Laura (Luisa Arraes, de Babilônia) – encontrada após um acidente de carro –, se torna mais um problema, pois sua proximidade com a moça provoca ciúme em Severina.

Em Reza a Lenda, o personagem de Tenório representa uma crítica aos políticos que governam o Brasil atualmente, movidos pelo egoísmo, autoritarismo, vaidade e por comportamento paternalista. Além disso, o filme aborda o papel da religião na sociedade, uma vez que a fé tem sua importância, porém, pode ser usada como instrumento de opressão.

Reza a Lenda Humberto Martins
Interpretado por Humberto Martins, o vilão Tenório rouba a cena. (Foto: Divulgação)

Com atuações expressionais de Humberto Martins, Cauã Reymond (embora Ara seja sisudo como Max Rockatansky), Sophie Charlotte e Júlio Andrade, a obra irá atrair novos públicos, acostumados a ver os lançamentos de Hollywood. Afinal, Reza a Lenda não é só o “Mad Max do cangaço”, é um empolgante longa de ação com o DNA brasileiro.

Reza a Lenda estreia nesta quinta-feira (21/01).

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