Romântico e inspirador, O Espaço Entre Nós faz você rever seus conceitos

Do que você mais gosta na Terra? Por que as pessoas não podem dizer o que estão sentindo? Você já sentiu como se não pertencesse a lugar nenhum no universo? É fazendo questionamentos como estes que o longa O Espaço Entre Nós (The Space Between Us, EUA, 2017) estreia nos cinemas brasileiros. Uma tocante combinação de aventura, romance, ficção científica e drama, a obra é estrelada por Asa Butterfield (O Lar das Crianças Peculiares) e traz Gary Oldman (Batman Begins) e Carla Gugino (Watchmen: O Filme) no elenco.

Dirigido por Peter Chelsom (Escrito nas Estrelas), a produção tem sua história situada no ano de 2034, quando a humanidade já instalou-se em Marte, mantendo-se no posto avançado de East Texas, onde vive Gardner Elliot (Butterfield). Primeiro humano nascido no planeta vermelho, o adolescente de 16 anos cresceu como órfão, uma vez sua mãe, Sarah (Janet Montgomery, de Human Target), faleceu durante o parto, e jamais deixou a colônia para conhecer a Terra – pois sua concepção foi encoberta pela NASA e seu organismo sofreria na gravidade terrestre.

Criado em uma bolha em Marte, Gardner decide ir para a Terra para conhecer tudo o que a Terra tem a oferecer. (Foto: Diamond Films)
Criado em uma bolha, Gardner fica impressionado com tudo o que a Terra tem a oferecer. (Foto: Diamond Films)

No entanto, isolado de indivíduos de sua idade, o garoto começa a se comunicar online com Tulsa (Britt Robertson, de Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível), uma jovem do Colorado (EUA), que tem problemas para se enturmar e acumula passagens por lares adotivos. Graças à intervenção da astronauta e tutora de Gardner, Kendra (Gugino), o menino é preparado para pisar na Terra pela primeira vez e, com isso, surge a oportunidade de encontrar-se presencialmente com a única pessoa com quem se sente conectado na galáxia.

Na fuga de Gardner Elliot dos testes da agência espacial norte-americana, O Espaço Entre Nós pega o ritmo de um legítimo road movie, com o rapaz fazendo descobertas sobre o mundo natal de sua mãe a todo instante e procurando seu pai só com uma foto como pista. Entre as novidades experimentadas pelo protagonista está o seu primeiro amor, desenvolvido delicadamente no decorrer das 2h de filme e que mostra como a espontaneidade e inocência de Gardner e a rebeldia e espírito aventureiro de Tulsa são tudo o que ambos precisam.

Gardner se sente deslocado em Marte e Tulsa jamais sentiu-se em casa na Terra. (Foto: Diamond Films)
Gardner se sente deslocado em Marte e Tulsa jamais sentiu-se em casa na Terra. (Foto: Diamond Films)

Embora a condução do longa pareça por vezes apressada, o título lançado pela Diamond Films compensa com suas paisagens coloridas e exuberantes, trilha sonora sensível e mensagens sobre novos começos.

O Espaço Entre Nós está em cartaz desde 30 de março.

Next Post

“A Vigilante do Amanhã” ganha em visual, mas perde em filosofia

Estrelada por Scarlett Johansson (Capitão América: Guerra Civil), a ficção A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (Ghost in the Shell, EUA, 2017) marca a abertura da temporada de adaptações de mangás (vem aí Death Note, Blame! e Fullmetal Alchemist, por exemplo). Com o objetivo de ser o primeiro passo […]