Agatha: magia está no desenvolvimento das bruxas

Desenvolvimento de personagens é o maior poder em Agatha

É inegável que, dentre todas as séries do MCU, Agatha Desde Sempre é a que possui maior núcleo de personagens principais em sua trama. Além de Agatha, temos Teen, as três bruxas de seu coven – Jennifer, Alice e Lilia –, e Rio Vidal.

Cinco destes seis personagens foram introduzidos nesta mesma obra, poucos episódios atrás. Dito isso, é de se imaginar que não seja fácil desenvolvê-los ao ponto de permitir uma conexão entre eles e o público. Mas como será que Agatha Desde Sempre consegue este feito?

Corações sombrios também amam

O quarto episódio da série começa com o grupo invocando uma nova bruxa, visto que após a morte de Sharon – ou Senhora Hart – a formação do coven ficou incompleta. Em meio a rituais macabros, Rio Vidal, A Bruxa Verde, finalmente se junta ao coven.

Um dos pontos fortes do episódio é, sem dúvidas, a relação da personagem interpretada por Aubrey Plaza com Agatha Harkness.

Em uma entrevista antes da série estrear, perguntaram à atriz se era verdade que Agatha Desde Sempre seria a obra mais gay do MCU. Com um sorriso, a atriz respondeu “é melhor que seja, porque foi para isso que eu me inscrevi”.

Com uma química de milhões, o relacionamento de Agatha e Rio rouba todas as cenas do episódio em que ambas se permitem estar próximas uma da outra. Apimentado com um toque de mistério, o episódio faz com que entender o que aconteceu entre elas – e o que ainda vai acontecer – se torne um anseio dentre os fãs.  

Eu Não Te Vejo, Mas Te Protejo

O maior acerto do episódio, entretanto, está no desenvolvimento das personagens. Enquanto o terceiro episódio trouxe uma provação para desenvolver a personagem Jennifer, o quarto episódio mira seus holofotes em Alice, a bruxa da proteção.  

Eu Não Te Vejo, Mas Te Protejo” leva o coven a uma mansão retrô, a qual um dia foi lar de Alice e de sua mãe, um ícone da música mundial. Se aprofundando em seus traumas, medos e questões internas, o episódio guia o público para entender a história de Alice. Neste processo, uma personagem que começou tímida e discreta vai se abrindo, de tal forma a conquistar atenção e empatia do público.

Ah, e com muita música, por sinal! A mesma música cantada anteriormente, mas que volta à trama, desta vez com instrumentos musicais e um novo significado. Por mais que se mantenha pelos mistérios e suspense místico, a série sabe conquistar pela leveza. A cada novo episódio, fica claro que a obra não se leva tão a sério, permitindo se divertir durante sua trajetória.

Respondendo ao questionamento anterior, Agatha Desde Sempre consegue desenvolver muito bem seus personagens ao explorá-los individualmente, um a um. Deixa evidente suas vulnerabilidades, permitindo que o público os entenda e se enxergue neles – até onde é possível se enxergar em um coven de bruxas.

A série, portanto, continua entregando um roteiro bem escrito, aprofundando cada personagem tanto em uma visão micro – individual – quanto em uma visão macro, uns com os outros. Agatha Desde Sempre continua divertindo com uma trama descompromissada, com direção de arte encantadora e personagens que esbanjam carisma, tanto quanto bruxaria.

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