Sebastian Stan já teve diversos papéis de destaque, provando seu talento para além dos filmes de heróis. De Eu, Tonya ao Diabo de Cada Dia, e de Fresh ao mais recente O Aprendiz, o ator já se provou bastante versátil. Mas é em Um Homem Diferente que Stan tem a chance de explorar uma abordagem ensandecida, ao mesmo tempo que fragilizada.
No novo filme de Aaron Schimberg, acompanhamos Edward, um homem com uma severa deformidade facial que tenta se tornar um ator de sucesso, mas falha em quase todos os aspectos de sua vida. Após realizar um tratamento experimental, consegue a aparência bela que sempre quis. Porém, o que antes parecia um sonho, começa a se tornar um pesadelo.
Um Homem Diferente é um drama com tons de suspense psicológico, misturado com toques de comédia e um quê de body horror. Ao mesmo tempo, explora bem a psique de Edward, refletindo sobre temas como inveja e autoestima.
Sebastian Stan brilha como protagonista do filme, tanto antes quanto depois da transformação a la Bela e a Fera. Seus olhares e expressões carregam a complexidade do personagem com grande empenho, criando um Edward que o público consiga amar e, conforme o desenrolar da trama, detestar.
A loucura e insanidade permeiam não só a mente do personagem, mas toda a composição do filme. Trilha sonora, maquiagem e fotografia se unem para exaltar a fragilidade mental do protagonista, que fica obcecado por uma contraparte que, diferente dele, conseguiu se tornar bem-sucedido.
Desta forma, Aaron Schimberg entrega um filme com mais camadas do que a maquiagem de seu protagonista, entretendo com um suspense divertido e cativante. Um Homem Diferente, portanto, conquista facilmente a atenção de seus espectadores com um plot que, o que tem de insano, tem de realista.