Armadilha: Shyamalan explica como música é essencial para trama

Sally Borges
Armadilha
Divulgação/Warner Bros. Pictures

Lançado em 8 de agosto, Armadilha segue levando os fãs de M. Night Shyamalan aos cinemas brasileiros. Semanas antes da estreia, o diretor, conhecido por obras consagradas como O Sexto Sentido (1999), Corpo Fechado (2000) e Fragmentado (2016), sua filha, a atriz e cantora Saleka, e o protagonista do longa, Josh Hartnett, desembarcaram no país para um evento, no qual o Boletim Nerd esteve presente, em São Paulo e destacaram a importância da música para a produção.

Neste suspense psicológico, o serial killer Cooper precisa escapar de uma emboscada policial enquanto assiste a um show com sua filha. Em um verdadeiro jogo de gato e rato, os personagens estão imersos em diversas canções de Lady Raven, que foram escritas pela própria filha de Shyamalan.

As músicas podem encher um estádio e serem muito enérgicas, mas ao mesmo tempo, elas narram um pouco da trajetória de Cooper e sua trama, com todos os crescentes riscos do filme. Então, houve um ato de equilíbrio entre as músicas superdivertidas e as mais sombrias, com um tom de mistério dentro dessas faixas. Encontrar esse equilíbrio em cada canção, e conforme o filme avança, se torna cada vez mais importante, pois você se envolve mais nos riscos, que ficam cada vez maiores“, explicou Saleka.

Taylor Swift

Na maioria das entrevistas concedidas sobre Armadilha, o diretor deixou claro que uma de suas inspirações foi o grandioso show da The Eras Tour, de Taylor Swift. No evento nacional da Warner Bros. Pictures, ele voltou a falar sobre o assunto.

Quando eu era mais novo e fazia filmes como ‘O Sexto Sentido’ e ‘Corpo Fechado’, eu queria ser engraçado. O meu instinto era esse, adicionar humor, mas honestamente, eu não tinha coragem de fazer isso. Eu não sabia se o público estava preparado para o humor que eu queria usar, achava engraçado, estranho e impróprio. Fazer um filme de serial killer em um show da Taylor Swift é impróprio, mas acho isso muito engraçado“, declarou.

Shyamalan também abordou a ligação entre a música e os filmes indianos, oriundos de seu país de origem. “A ideia de incorporar músicas originais em uma narrativa longa estava sendo idealizado em nossas cabeças por um bom tempo. E na cultura indiana, a música e o filme estão muito ligados, e são tratados iguais. Então, era algo que parecia muito natural para nós, vindos de onde viemos. E sentíamos que dentro da nossa própria família, era algo que poderíamos fazer juntos. Nós tínhamos a capacidade de fazer um álbum, um filme e fazer isso de forma tão específica e original“, acrescentou.

Sem música, sem Armadilha

Para Hartnett, que sempre quis trabalhar com Shyamalan, dar vida ao serial killer fez todo o sentido quando ele leu o roteiro e percebeu que a história só seria completa com as canções originais. “Não é apenas a trilha sonora, ela preenche coisas dentro dos personagens e define o tom das cenas“, explicou.

É uma realização notável poder fazer um show de pop com essa qualidade e dá ao público algumas pistas sobre o que está acontecendo no filme. Vocês conseguiram e isso é fenomenal. Cada vez que uma nova música começava, eu pensava: ‘Uau, isso é o que o personagem está passando’. E conseguir fazer tudo isso de uma vez é incrível“, completou.

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