Famoso nos quadrinhos, o Deadpool terá seu filme solo lançado nesta quinta-feira (11/02). Entretanto, esta não será a estreia do Mercenário Tagarela nos cinemas, uma vez que, no longa X-Men Origens: Wolverine (2009), houve uma tentativa de retratar o personagem. Com as pálpebras arrancadas, boca costurada e lâminas saindo pelos seus punhos, esta foi a primeira (e bizarra!) versão do Deadpool nas telonas. É preciso dizer que a produção não agradou os fãs?
Interpretado por Ryan Reynolds (que, nos bastidores, fez lobby para que Deadpool ganhasse um filme solo), WadeWilson faz parte de uma equipe de assassinos ao lado de Wolverine (Hugh Jackman, de Chappie) e seu irmão, Victor Creed (Liev Schreiber, de A 5ª Onda), porém, sua participação é aparentemente despretensiosa e infundada. Ignorando a importância e a personalidade forte do anti-herói nas HQs, a obra mostra Wilson como soldado obediente e até fazendo tradução de idiomas africanos para os militares.
Contudo, o pior de X-Men Origens: Wolverine é reservado para os trechos finais, quando Deadpool ressurge como uma experiência de laboratório muda (não há um motivo para o personagem ser chamado de Mercenário Tagarela?) e controlada por computador, cujas novas habilidades vão de raios lançados pelos olhos até garras feitas de espadas. Outro problema é que o longa-metragem é situado num período que apresenta Ciclope e Tempestade ainda crianças, algo que tiraria Deadpool da atualidade, contexto em que ele é encontrado nos gibis.
Além disso, há uma (infame!) cena pós-créditos na qual Deadpool, após ser decapitado, encontra sua cabeça, ou seja, uma sugestão de que poderia existir uma sequência para a história a partir dali.
Depois de tantos erros, a expectativa é de que o blockbuster de 2016 reconte a origem de Wade Wilson/Deadpool como o mercenário merece.