Um dos destinos mais populares para se viajar, Orlando é o lar de diversos parques de diversão que encantam pessoas do mundo todo. As experiências encantam não só crianças, mas muitos adultos também. A partir disso, Dois é demais em Orlando propõe uma história encantadora que explora alguns destes parques com muito bom humor.
Na trama, João é um aficionado por cultura pop que consegue economizar dinheiro para finalmente realizar seu sonho: viajar para os parques de Orlando. Porém, tudo começa a sair do controle quando ele precisa levar junto o filho da sua chefe, Alberto, para a viagem.
A principal dinâmica entre os dois personagens é que, enquanto João é um tanto quanto infantil – quase como uma criança –, Alberto é maduro demais para a idade – quase como um adulto.
A partir dessa premissa clássica de filmes de comédia, João e Alberto precisarão conviver um com o outro, mesmo não se suportando. Com isso, acabam se envolvendo em situações diversas, que muito lembram filmes da sessão da tarde.
Ambos os protagonistas, assim como o elenco de apoio, conseguem entregar muito bem aquilo que é proposto, com personagens que, mesmo caricatos, esbanjam compaixão. Desta forma, com ótimas atuações, fazem com que Dois é demais em Orlando alterne entre o cômico e o emotivo sem precisar forçar a barra.
O principal destaque do filme, entretanto, está em sua localização: os parques de Orlando. Tendo sido gravado nos parques em dias de pleno funcionamento, todo o cenário acaba sendo bastante orgânico, quase como se estivesse vivo.
Em meio ao público, às atrações e aos personagens da cultura pop que ali são representados, os parques acabam se tornando um personagem central do filme, agregando à narrativa conforme influenciam nos acontecimentos do roteiro.
Com bastante bom humor e ótimas intenções, o filme dirigido por Rodrigo Van Der Put tem coração de sobra, dosando bem o cômico com o emotivo. Dois é demais em Orlando, portanto, leva o público para uma viagem não só pelos encantadores parques de Orlando, mas também para um local próximo de casa, em que o familiar e o nostálgico se encontram com a originalidade para criar um filme divertido, leve e com gostinho de sessão da tarde.