Robô Selvagem: um dos filmes mais lindos de 2024

Robô Selvagem: um dos filmes mais lindos de 2024
Foto: Universal Pictures

Alguns filmes têm o poder de entreter, divertir e emocionar. Nem todos conseguem entregar tudo isso. Robô Selvagem é uma exceção, porque te faz sorrir e chorar enquanto imerge na história de Bico-Vivo e sua mãe, Roz. Aposta da DreamWorks e Universal Pictures, a animação estreia nesta quinta-feira (10) nos cinemas. A seguir, você confere a nossa crítica:

Estranhos constroem um ninho

Com 1h42 de duração, o longa acompanha a saga de Roz (Lupita Nyong’o), uma robô feita para o cuidado e facilitação da vida humana. Porém, a protagonista acaba extraviada em seu transporte e acaba caindo numa ilha, em meio à vida selvagem. Apesar de um início desastrado, sua capacidade de entender padrões e compreender linguagens a permite se comunicar com os animais ao redor. Tendo como função cuidar, Roz se depara com Bico-Vivo (Kit Connor), um filhote de pato órfão.

A premissa de Robô Selvagem, basicamente, é essa. Porém, na narrativa que o diretor Chris Sanders (Lilo & Stitch) assina com o roteirista Peter Brown (Children Make Terrible Pets), Roz passa a contrariar sua programação, que indica a ela emitir um sinal de rastreio para a corporação que a criou. Afinal, ela quer ficar na ilha para continuar ajudando o patinho de nascimento prematuro a se desenvolver. A família não convencional fica completa quando a raposa Astuto (Pedro Pascal) se junta aos dois.

Aula sobre coexistência

Da primeira impressão como uma ameaça, Roz não só assume a maternidade de Bico-Vivo, como vai mostrando seu valor ao restante da floresta. Embora respeite a ordem das coisas (existe uma cadeia alimentar), a androide entende a necessidade de coexistir com a vida local sem tirar mais do que precisa e oferecer apoio para a preservação de todas as espécies.

Por outro lado, um já crescido Bico-Vivo é visto com desconfiança. Menor do que a maioria dos patos, ele também cresceu chamando uma robô de “mãe”. Isso causa alguns dos momentos mais impactantes do longa, uma vez que não ser aceito pelos seus abala o pato e o faz descontar em Roz. Mas não há nada mais forte que o amor materno, não é mesmo?

Roz prova que, por baixo da casca metálica, existe um grande e caloroso coração capaz de tudo para ajudar o filho a ter sua chance de se integrar à revoada e viver pleno. Mesmo que isso signifique abrir mão de quem mais ama.

Veredito

Além de todas as lições, Robô Selvagem ainda conta com reviravoltas e um clímax de ação. No entanto, seu maior mérito está na carga emocional. Toda a dedicação de Roz ao pato que entende como seu filho, sua luta pela sobrevivência desde que ele nasce e o desprendimento para superar adversidades e estranhamento para dar melhores condições a Bico-Vivo são extremamente comoventes.

Afinal, isso nos faz olhar com outros olhos (uns marejados) para quem nos criou e faz tanto por nós. Nossas mães.

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