Um clássico da Sessão da Tarde, o filme As Tartarugas Ninjas teve seu lançamento em 1990, levando os personagens criados pelos quadrinistas Kevin Eastman e Peter Laird aos cinemas pela primeira vez. Reimaginando o grupo de heróis, que teve suas aventuras iniciais publicadas nas HQs em 1984, o filme conta as origens de Leonardo, Raphael, Michelangelo e Donatello, explora a relação dos irmãos com o rato chamado Mestre Splinter, assim como mostra seu confronto contra o Clã do Pé, chefiado pelo Destruidor.
Dirigido por Steve Barron (Cônicos & Cômicos), o longa, de 1h33min, traz David Forman (A Bússola de Ouro), Josh Pais (Uma Mente Brilhante), Michelan Sisti (Família Dinossauros) e Leif Tilden (Invasor Espacial) emprestando suas vozes, respectivamente, a Leonardo, Raphael, Michelangelo e Donatello, além de ter Kevin Clash (Vila Sésamo) dublando o Mestre Splinter. Logo no início, a produção apresenta os atores Judith Hoag (Nashville), como a repórter April O’Neil, e Elias Koteas (The Killing), na pele do vigilante Casey Jones.
No filme, a cidade de Nova York é alvo de uma onda de crimes, impulsionada por altos índices de delinquência juvenil que, por sua vez, é promovida pelos ninjas do Clã do Pé. Neste cenário, as quatro tartarugas mutantes entram no caminho de April e decidem ajudá-la a investigar quem está por trás dos roubos, mas isso as põe na mira do Destruidor (James Saito, de Advogado do Diabo). Na jornada para liquidar a quadrilha, Splinter é pego pelos capangas do vilão, e Leonardo, Raphael, Michelangelo e Donatello precisam derrotá-lo.
Aparentemente despretensioso, o título propõe uma leitura divertida e descompromissada de seus protagonistas adolescentes – cujas mentes são de jovens humanos de 15 anos de idade –, diferenciando-se da versão original concebida para as histórias em quadrinhos. Desta forma, As Tartarugas Ninjas fica à vontade para exibir seus personagens principais dançando Tequila, de Chuck Rio, fazendo piadas o tempo todo, procurando falar as gírias mais descoladas a cada nova ação e derrubando pizza sobre a cabeça mestre.
Leve e capaz de despertar muita nostalgia, As Tartarugas Ninjas tem cenas de luta simplórias, devido às limitações da época e do orçamento, porém, faz rir facilmente e tem o mérito de ter definido a linguagem dos filmes de Leonardo, Raphael, Michelangelo e Donatello até hoje.