Dirigido por Kenneth Branagh (Hamlet), Thor (Thor, EUA, 2011) foi o quarto filme do Universo Cinematográfico Marvel, trazendo pela primeira vez o ator australiano Chris Hemsworth (Rush: No Limite da Emoção) como o Deus do Trovão. Uma típica história de origem, o longa busca introduzir e estabelecer a mitologia asgardiana (vinda da cultura nórdica) a um universo que já listava figuras como Homem de Ferro, Hulk, Viúva Negra e Nick Fury. Qual o resultado final disso? Uma aventura fantástica com o toque shakespeariano.
Arrogante e com um gosto pela violência, Thor (Hemsworth), o príncipe do reino de Asgard começa a ser preparado para assumir o trono ocupado por seu pai, Odin (Anthony Hopkins, de O Silêncio dos Inocentes), porém, devido ao seu temperamento impulsivo, o protagonista é banido para Midgard (a Terra), para amadurecer e aprender a ter humildade. Desprovido de seus títulos e indigno de erguer o martelo mágico Mjölnir, Thor se vê na mira de uma conspiração armada pelo seu irmão adotivo, Loki (Tom Hiddleston, de A Colina Escarlate), o Deus da Trapaça.
A trama deixa o tom épico quando Thor é encontrado pela astrofísica Jane Foster (Natalie Portman, de Cisne Negro) e sua equipe, composta pela dupla Erik Selvig (Stellan Skarsgård, de Exorcista – O Início) e Darcy Lewis (Kat Dennings, de 2 Broke Girls), que estudam o fenômeno chamado Ponte de Einstein-Rosen (ou “buraco de minhoca”) – algo que Thor conhece como Ponte Bifrost (a “Ponte do Arco-Íris”), uma passagem controlada pelo guardião Heimdall (Idris Elba, de Círculo de Fogo). A partir daí, a obra adota uma total vibe de comédia romântica.
Enquanto Thor recebe a ajuda dos humanos para reaver Mjölnir, o Deus do Trovão também explica a Jane sobre como se transporta através dos 9 reinos (dimensões sob a guarda de Asgard), assim como também se envolve com a moça e entra em conflito com as autoridades terrestres, personificadas pela S.H.I.E.L.D. e o agente Phil Coulson (Clark Gregg, de Os Pinguins do Papai). Porém, permeando a cidade dourada dos deuses estão os planos de Loki, que arquiteta a invasão dos gigantes de gelo de Jotunheim – antigos inimigos de Asgard – para a tomada do trono.
Mesmo distante de ser o melhor que a Marvel Studios tem a oferecer, o live-action de Thor tem uma série de méritos, como o fato de introduzir um super-herói imperfeito, numa saga de redenção em que ele nem sempre leva a melhor. Além disso, atenção para a primeira aparição do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner, de A Chegada), d’Os Três Guerreiros – grupo com Volstagg (Ray Stevenson, de O Justiceiro: Em Zona de Guerra), Hogun (Tadanobu Asano, de 47 Ronins) e Fandral (Josh Dallas, de Once Upon a Time) – e Lady Sif (Jaimie Alexander, de Blindspot), uma aparição de Stan Lee e easter egg da Manopla do Infinito no cofre de Asgard.
Com o confronto entre o Deus do Trovão e a armadura chamada Destruidor e o embate decisivo de Thor e Loki, Thor tem 1 cena pós-créditos introdutória para Avengers: Os Vingadores.